sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Qual acordo...?

...Este? Não me parece.

Mais uma vez estou furioso com os sindicatos que nos representam e com a passividade visceral da grande parte dos docentes. Com este acordo conseguimos uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma. Bem pesadas as coisas, continuamos iguais ao que estavamos se não mesmo pior. Está na hora, mais uma vez, de esquecermos os sindicatos e dizer NÃO! Preferimos um não-acordo a este acordo. Se calhar estaria na hora de reformar os sindicatos e representarmo-nos a nós mesmos, através de uma plataforma de movimentos de professores e destacados docentes.

Com este acordo, o governo, infelizmente, talvez consiga acalmar as ruas, mas, com certeza, irá alimentar uma paz podre nas escolas. Muitos docentes continuarão a não se sentirem bem representados, injustiçados pela tutela, mal compreendidos e acarinhados, E, acima de tudo, crescerá, fruto das quotas, uma competição entre docentes, que resultará na não cooperação, na inveja, na intriga, quem sabe até, no ódio. Quando dois (ou mais docentes), em igualdade de circuntâncias, um deles progride e o outro não, o que é que esperam? Sorrisos, apertos de mão, saudações? Não. Esperem que surja a dúvida, o desagrado, o afastamento, a desmotivação. Lembrem-se que a carreira docente se organiza na horizontal: todos fazemos e trabalhamos para o mesmo. O ensino tenderá a piorar e nunca a melhorar. E tudo para poupar uns trocos, quando comparado com os maus negócios do Estado, a corrupção, a fuga aos impostos... Haja decência!

Chegaram a um acordo. Espero que o melhorem substancialmente ou então que o abandonem. Mais vale só do que mal acompanhado.

P.S. Já agora, para os desiludidos sindicalizados, já pensaram na dessindicalização? Já agora, valia a pena pensar nisso.

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