quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Homem Manhoso


Negócios ruinosos do Estado

Uma pequena amostra do dinheiro mal gasto...

Compra de helicópteros

Terminal de contentores

Nacionalização do BPN

Compra de submarinos

...e mais um negócio ruinoso se prepara!

Construção da alta velocidade (TGV)

Faz falta a posição da Oposição

Já vimos que o chefe da orquestra, em matéria de educação, não muda a sua posição. Aliás, a encoberto de falsas aberturas, mandou agravar o que já era gravoso. Se já não estavamos bem, assim estaremos pior. E não tenhamos ilusões: a política de finanças, digo, educação, continuará enquanto formos governados por este partido socialista. Querem ajudar a tapar o buraco do défice - fruto de má governação, desvarios, e desperdícios vários - à custa dos docentes. Posto isto restam-nos as seguintes soluções:
- Exigir da Oposição que tome medidas, isto é, exigir do PSD que cumpra os seus cumpromissos eleitorais (de verdade!). Que o PSD se una aos demais partidos e ponha um fim radical nesta trapalhada.
- Elevar o nível de contestação dos docentes. Depois de manifestações monumentais e outras tomadas de posição, devíamos também pensar seriamente em greves por tempos longos ou indeterminados.
- Pensar e actuar efectivamente no esclarecimento da opinião pública. O governo pensa nas finanças, os docentes pensam nas suas carreiras e na qualidade da escola pública.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Agora acerca da avaliação dos professores...

O Ministério da Educação só pode estar a brincar com a classe docente! Acordo de princípios? Quais princípios? É que só vejo um: poupar, poupar, poupar... à custa dos professores. Fala-se em valorizar a carreira docente. Assim, desta forma? Só pode lá estar tamanha intenção por gozo, ou para enganar a opinião pública. Se um professor vê a sua progressão estrangulada por vagas ou quotas, sentir-se-á valorizado ou incentivado? Não.
Um professor sente-se valorizado quando sente que o seu trabalho é recompensado através do reconhecimento social, da sua remuneração, dos níveis adequados de aprendizagem dos alunos, das condições de trabalho, da disciplina nas escolas, entre outras. Sente-se valorizado quando acompanha o percurso de vida de alguns dos seus alunos e os vê progredir na vida. Sente-se valorizado quando sente que contribuiu para o progresso do país. Mas ninguém trabalha para aquecer. Tamanha tarefa deve ser devidamente reconhecida e recompensada, para todos que a merecem. Com vagas, quotas ou contingentações, a maioria dos professores que merecem esta distinção não verão o seu trabalho reconhecido. Como poderão então sentir-se valorizados? É claro que vão sentir-se enxovalhados, menosprezados. E não é assim que vão conseguir motivar a classe docente.
Se não interessa motivar, o princípio disto tudo é poupar. Poupar à custa do mal-estar no ensino, à custa do progresso do país. Nada de bom se consegue se não se motivar, envolver, acarinhar e recompensar o trabalho docente.

É o que temos!


sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Feliz Natal!


Acerca das avaliações...

... dos alunos, que dos professores, vai que não vai, chove que não chove!
Pois bem, estamos em pleno período de avaliações dos petizes. É vê-los aos magotes, uns sôfregos, outros completamente descontraídos, a rondar a sala dos professores, ou a cercar um docente mais incauto que não teve tempo de se refugiar. É ver os pais ou encarregados de educação a fazer o mesmo. É engraçado como aparecem mais nesta altura do ano do que durante todo o período - só interessa a nota, o produto, relegando todo o processo de acompanhamento do seu educando, muitas vezes a nível de aproveitamento, mas também do comportamento e ainda da importantíssima afectividade.
"Tenho 3..., tenho 4,... tenho 2..., professora? Mas, realmente, agora muito a sério, ainda existem níveis negativos? Não porque os alunos estudam mais, ou aprendem mais, mas porque com tantos planos de acompanhamento, de recuperação, adequações/adaptações curriculares..., ou seja, depois de tanto descer a fasquia dos conhecimentos necessários a atingir no final dos períodos e do ano, como é que é possível ainda haver níveis negativos para dar? Esta é, certamente, uma espécie em vias de extinção.
Não seria melhor acabar com esta farsa e instituir o fim das reprovações? Ou seja, os alunos eram avaliados conforme o que fazem (e desfazem!), e transitavam de ano até concluírem a escolaridade obrigatória. A maioria dos alunos transitaria com muitas negativas, que ficariam registadas no seu currículo académico, ano a ano, e no diploma final, a receberem aquando da conclusão do ensino obrigatório. Com este método, poderíamos perceber quais os alunos que REALMENTE transitavam com níveis positivos ou meritórios (4 e 5/15 a 20), e receberem, merecidamente, a recompensa com um diploma de valor e excelência, que os distinguiria dos demais. E assim se fazia justiça, com tudo às claras, sem enganar ninguém. Sim, por que como estamos, andamos a enganar-nos uns aos outros, a trabalhar para a estatística.
Nota: os níveis dos alunos começam, no 1.º período, com muitas negativas, e lá para o estio, acabam quase todos com a maioria dos níveis positivos.
Talvez seja do aquecimento global...

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

O aquecimento global e o excesso de população mundial

Já todos sabemos que a população mundial está a aumentar. Todos sabemos mas parece tabu associar o fenómeno ao aquecimento e ao esgotamento do planeta. A continuarmos a este ritmo, em breve atingiremos os 9.000.000.000 de seres humanos. Se já estamos mal agora, imaginem mais tarde. É que associado às pessoas vem a indústria, a agricultura, a pesca... O planeta não aguenta, porque não pode aumentar de tamanho. Nem se regenera se nós não o deixarmos. Adivinham-se guerras, fome e sede. Adivinham-se tempos muito difíceis. E mesmo que consigamos produzir energia limpa (ou quase!), os recursos não chegarão para todos.
Urge, pois, tocar com o dedo na ferida e implementar seriamente medidas que limitem o crescimento humano: mantê-lo e até mesmo reduzi-lo paulatinamente, controlando a natalidade.
Mas para isso é preciso que os países ricos/desenvolvidos apoiem os países pobres/subdesenvolvidos, pois são estes que mais contribuem para o aumento da população mundial. Para o bem de todos.
Vejam o endereço abaixo

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

domingo, 27 de setembro de 2009

Eleições e Educação

O PS pensa que ganhou.
O PSD pensa que perdeu.
O BE e o CDS pensam que ganharam.
A CDU pensa que nem ganhou nem perdeu.

No geral, perdemos todos. Continuamos com o governo de José Sócrates no Poder, debilitado, mas lá continua - apesar de agora estar dependente dos demais partidos. O que por si só não é pouco.
No particular, a classe docente não venceu a guerra mas ganhou a sua primeira batalha. O governo do engenheiro José Sócrates perdeu a sua maioria absoluta o que, a querer acreditar na coerência dos demais partidos, o levará a negociar e a rever a malfadada lei do estatuto dos professores, com a divisão da classe, a avaliação, as quotas, entre outras. A ver vamos se o parlamento obrigará o governo a acarinhar e a valorizar os educadores e professores, assim como a promover o mérito, o trabalho e a disciplina dos alunos.

Nós continuaremos a lutar. Atentos, vigilantes e acima de tudo exigentes de justiça, verdade e respeito pela classe docente e pela qualidade da educação pública.

Henrique Faria

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Asfixia democrática

Bolas! Ora a Dra. Manuela Ferreira Leite acusa o PS do engenheiro José Sócrates de autoritarismo e perseguições, ora estes se defendem, acusando o PSD do mesmo mal. A última investida do PS terá sido o caso da TVI e da Dra. Moura Guedes, já no caso do PSD, temos na memória o caso do comentador político Dr. Marcelo Rebelo de Sousa e o já crónico apoio do partido ao despótico "REI" do governo regional da Madeira, o Dr. Alberto João Jardim, em troca do seu feudo de votos. Uma vergonha! Nenhum destes partidos devia ter moral para falar em asfixia democrática pois ambos são culpados. Quanto aos outros partidos... ainda não estiveram propriamente no poder, e a ver vamos quando e se lá chegarem.
O poder corrompe e corrompe mais se for pautado por maiorias absolutas e pela pouca ou nenhuma alternância de políticas e de políticos. Já estou farto do mesmo! Quero novas pessoas, novas políticas, novas regras de acesso e permanência no poder. Por mim, um mandato, uma legislatura por partido/pessoas já era suficiente. E não devia ser permitido a um governo permanecer no poder se houvesse uma claríssima oposição por parte dos eleitores a esse mesmo governo. O povo dá, o povo devia poder tirar, mais cedo, se assim o entendesse.
Não gosto de rostos eternos na política (que para muitos é profissão e tacho!). Não gosto de "Chavéz" disfarçados de democratas que gostam de se eternizar no poder.
Henrique Faria

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Sócrates, TVI e Moura Guedes.

O Jornal Nacional, de 6.ª Feira à noite, da responsabilidade da TVI e sob a alçada da conhecida pivot Manuela Moura Guedes, foi abruptamente encerrado. Este Jornal era conhecido pelas suas reportagens (e comentários) incisivos sob o actual governo, e principalmente, sobre o seu primeiro ministro, José Sócrates. Estilo à parte, a verdade é que foi através deste Jornal que se ficavam a saber certos pormenores da política e acções privadas ou públicas do nosso número 1. E ele, o nosso 1.º, não gostava nada. Muitos milhares e até milhões de portugueses viam e ouviam as suas reportagens, sempre ou quase sempre muito pouco abonatórias para José Sócrates. Reportagens, que me lembre, nunca foram desmentidas ou desmontadas. Do que via e ouvia, sempre tirei as minhas conclusões, e como eu, outros milhões de portugueses.
Como será o novo formato do Jornal Nacional? De certo, mais macio, politicamente correcto e muito pouco intrusivo, à medida do Jornal da RTP e da SIC. Resta-me, para já, poder continuar a aceder à TV Cabo, e seguir as notícias e comentários políticos de certos canais e informação, ainda não corrompidos(?).
Claro que o nosso governo e 1.º incluídos, nada dirão, ou então negarão a sua influência nesta decisão. Mas será que alguém acredita? Tendo em conta a história recente deste governo PS, alguém acreditará que não meteu a mãozinha nesta história ainda mal contada? E por que só agora? Depois da saída do Moniz, o que é que esperavam?
A TVI sairá a perder no meio desta trapalhada pois perderá muitos milhares de telespectadores.
O Governo, inocente(!) ou não, sairá sempre perdedor. Mas também, à beira de eleições, o que seria melhor para o PS: ter a Manuela Moura Guedes afastada e o seu formato jornalístico encerrado ou sujeitar-se às suas reportagens, comentários e sorrisos amarelos, quase sempre a roçar o caso Freeport, entre outros calcanhares de Aquiles de Sócrates e seus "camaradas".
Venha o diabo e escolha...

Henrique Faria

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Ponto de vista

O MEU Balanço do Estado da Educação

Quase volvida esta legislatura, o que me fica na alma?

Confesso que, no início, estava algo agradado com algumas políticas: introdução do Inglês e do alargamento de actividades extracurriculares no 1.º ciclo; perspectivas do incremento de um processo de avaliação que premiasse mais o mérito/competência; maior responsabilização dos professores no topo da carreira, quer pela assunção de cargos, quer pelo número de horas passadas na escola a desenvolver projectos e a incrementar dinâmicas, fruto das suas capacidades/experiências; Plano de Acção da Matemática; Plano Nacional de Leitura; Plano Tecnológico da Educação.

O que aconteceu, então?

Apesar de uma boa ideia, a introdução do Inglês, não está a funcionar como devia. Aliás, como todas as actividades extracurriculares implementadas. Funcionam, regra geral, em instalações fora do recinto escolar, às vezes com más condições de trabalho e, redundaram, muitas vezes, em actividades de entretenimento e ocupação dos alunos. Bom, mas não seria este o principal (e talvez o único!) objectivo da tutela? Alargar a permanência dos alunos na escola ou à guarda dos docentes, muitos a recibo verde, logo, em condições precárias? Esperava que a introdução do Inglês e do alargamento de actividades extracurriculares no 1.º ciclo fosse almejada com a criação de condições físicas e humanas nas escolas: aulas e actividades leccionadas e desenvolvidas NA ESCOLA, com professores efectivos, e outros profissionais.

O processo de avaliação de desempenho docente, soçobrou imediatamente com o Estatuto da Carreira Docente. Desconsiderando outras malfeitorias, a divisão da carreira docente em Titulares e Professores, alicerçada em princípios altamente condenáveis, ditaram o seu desfecho. Para quê que se criaram os professores Titulares? Para pura e simplesmente se impedir o acesso à maioria dos docentes ao topo da carreira, independentemente do seu mérito ou não. O princípio que norteou esta divisão não era melhorar o ensino mas sim poupar dinheiro à custa dos professores. E mesmo aceitando esta divisão, o acesso a esta categoria foi anti-mérito, anti-competência. Quem a ela acedeu, bastou estar no lugar certo à hora certa – foi uma nomeação por antiguidade. Foi uma nomeação para poupar dinheiro, mais uma vez. Se um professor com mérito/competência reconhecida pelos seus pares, que não beneficiasse do art.º 79, acedesse a este cargo, o ministério teria de lhe diminuir a carga horária, logo, teria de contratar outro profissional para colmatar esse horário. A intenção de incluir na avaliação dos professores as notas dos alunos, mais não era que uma forma encapotada de obrigar os docentes a subir os níveis, logo, a colaborar na melhoria estatística da educação em Portugal.

A maior responsabilização dos professores no topo da carreira, redundou também, por motivos já citados, numa decepção. Não foram criadas dinâmicas de colaboração, discussão e trocas de experiências, já que a avaliação era punitiva e não formadora. Os professores Titulares (e os outros!), assoberbados de trabalho e legislação em catadupa, desviaram as energias do mais importante: ensinar os alunos. Deixamos de ser professores e passamos a ser professores-burocratas. Deixamos de colaborar uns com os outros e passamos a competir.

O Plano de Acção da Matemática e o Plano Nacional de Leitura não melhoraram, ainda, as competências dos nossos alunos. As notas melhoraram quando o nível de exigência dos exames baixou. Não há planos que resistam enquanto não se criar a cultura de que o SABER compensa. Mas, igualmente importante, o saber constrói-se com TRABALHO árduo. Ora, o constante ataque à classe docente, responsabilizando-a pelo fracasso dos alunos, aliado à desresponsabilização destes e dos encarregados de educação, manifestado no Estatuto do Aluno, contribuiu para que sintam que a sua (pouca) presença física na escola fosse suficiente para transitar/progredir. Brincar muito, transgredir sem consequências, estudar pouco ou quase nada é o suficiente para passar de ano.

E o Plano Tecnológico da Educação? Será, acredito, um forte meio de melhorar as condições materiais e didáctico/pedagógicas das nossas escolas. Mas desenganem-se quem pensa que por si só resolverá os problemas da Escola. É realmente um valioso contributo para o seu melhoramento. No entanto, o principal, será, mudar a forma de pensar dos nossos alunos (e encarregados de educação). A forma de pensar, de sentir e de estar na escola. Não basta exigir mais dos docentes: é fundamental exigir mais dos alunos. Das Novas Oportunidades, o melhor é nem falar!

Sobrou a desilusão! Venha daí uma nova legislatura, uma nova equipa ministerial, e novas políticas, que se querem justas, equilibradas e exigentes – para todos.

Henrique Faria

sábado, 4 de julho de 2009

Politiquices...

Manuel Pinho foi demitido! Grande treta.
Foi demitido por fazer uns corninhos... O gesto é tudo? E então as calúnias, as injúrias, as mentiras, os insultos, as graçolas... Todos, ou quase todos deveriam ser demitidos. Todos ou quase todos, são mentirosos, corruptos, aldrabões, mesquinhos... incompetentes.
Na Assembleia da República, no Governo, nas Escolas, nas Instituições do Estado, deveria vigorar a tolerância zero para a mesquinhice, a incompetência, a mentira, os chico-espertos.
"Quando a fruta é seca, o sumo ou é milagre ou é treta"
Demita-se o Governo que passa a vida a mentir. Reformem-se as Instituições que não funcionam. Substituam-se os carneiros por livres-pensadores. Substitua-se a mentira pela verdade. Substitua-se a arrogância pela competência.
Depois queixam-se que os portugueses estão incrédulos?
Ora, ora...

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Auto avaliação

1 de Julho de 2009!
Lá se começa a falar da dita Ficha de Auto Avaliação na minha escola - faço? não faço? como faço? se é que faço... Sou honesto e coerente? vou aldrabar? vou copiar? vou marimbar-me?... Pois! Tudo interrogações legitimas que já passaram e passam na cabeça de muita gente. Mas será mesmo que vale a pena gastarmos muito tempo nisto? Não!
Existem professores, nas mais variadas escolas, que estão a "criar" FAA verdadeiramente fantásticas. E os portefólios? Dignos de serem publicados em qualquer editora cor-de-rosa. E porquê? Porque concorreram ao Muito Bom e ao Excelente, e independentemente das suas reais competências e acções, inventam, floreiam, e os seus avaliadores, dignissimos seres supra capacitados e atentos, Titulares da Pasta, vão assinar por baixo? Vão verificar, acreditar e valorizar tudo o que vêem escarrapachado nestas pérolas? Bom, bom...
E existem outros, muitos outros, professores dignos, responsáveis, coerentes, que não concorreram ao MB ou E, que vão apresentar (ou não!), a FAA, sem sofismas, sem enredos, sem floreados, sem enganos. Mas vão ser valorizados? Vão ser justiçados?
Tudo isto é uma farsa. Um embuste. Um...
Que fazer? Não sei. Fica ao critério de cada um e da sua consciência. Sugestões não faltam: inventar, omitir, florear, copiar, relatar, ... entregar ou não entregar.
Estamos atolados no lodo!

domingo, 7 de junho de 2009

Filme documentário - HOME


Maravilhosamente produzido e altamente recomendável o seu visionamento pela maior parte das pessoas que habitam este (ainda) maravilhoso planeta, uma singularidade do nosso Universo. Convém cuidar dele com carinho, com inteligência, para assegurarmos o nosso futuro e a qualidade de vida, que se quer sustentável, equitativa e justa.

Mas será de todo necessário, a meu ver, tomar certas atitudes, que para muita gente são blasfémias:

- reduzir rapidamente os nascimentos de seres humanos, para níveis ecologicamente sustentáveis;

- reduzir ou refrear o consumo;

- eleger atitudes ecológicas;

- valorizar o conhecimento e o humanismo em detrimento do enriquecimento predador.


HOME a film by Yann Arthus-Bertrand

Parabéns e obrigado!





domingo, 17 de maio de 2009

sucesso académico

JN 17/05/2009

Destacaria daqui que, "...a inteligência exige estimulação e trabalho para se desenvolver plenamente." e "...pertencer a famílias estáveis e que valorizem o conhecimento." são, para mim, factores muito importantes. Essencialmente é, valorizar o conhecimento, tenha-se ou não, maior ou menor facilidade em aprender. É isto que falta em grande parte das nossas famílias e, consequentemente, dos nossos alunos. Ambição, gosto e vontade em conhecer/saber.

domingo, 10 de maio de 2009

domingo, 3 de maio de 2009

Por Daniel Sampaio


Ainda o 25 de Abril...

Já agora, vamos dar-lhes acesso aos blogues! Pode ser que se distraiam mas que também aprendam a sentir o país.

domingo, 19 de abril de 2009

25 de Abril

Ainda vale a pena comemorar o 25 de Abril?
A revolução do 25 de Abril de 1974 acabou, naquela altura, com a ditadura de Salazar. Depois desta data, e após alguns sobressaltos, a democracia consolidou-se e as pessoas puderam opinar livremente e constituir-se em associações. Volvidos 35 anos, continuamos a poder exprimir-nos livremente? Duvido muito. Ou seja, poder até podemos: escrevemos em jornais, nas revistas, na blogosfera, falamos na televisão, conversamos entre amigos ou em público. Mas falamos, salvo raras e louváveis excepções, com medo. Medo de represálias, de entrar em qualquer lista negra. Se não estamos com o chefe, então estamos contra o chefe (onde já ouvi isto?). Se criticamos o chefe, somos ostracizados e em última análise, afastados. Tudo isto, nos últimos tempos tem vindo a aumentar, aos olhos e ouvidos de todos. Estamos a ensaiar algum tipo de cegueira?
O fosso entre os mais ricos e os mais pobres vai aumentando. Com uma democracia, não devia, pelo contrário, estar a diminuir? Mas os ricos continuam ricos, os pobres mais pobres, e a classe média, garante e medida de uma nação evoluída, vai encolhendo, mingando. Nada contra os ricos, tudo contra os pobres, e absolutamente contra a destruição da classe média. Como se cria uma classe média forte? Bom, não sendo de forma alguma especialista, penso que esta depende claramente do nível e QUALIDADE de instrução de um povo, do dinamismo dos seus empresários, e da clarividência dos seus governantes. Os governos devem proteger e incentivar as classes médias. Não tenho visto, ultimamente, os médicos, juízes, enfermeiros, professores, etc. com muitos motivos para sorrir. Pelo menos, os grupos da classe média pertencentes ao Estado não têm muito para sorrir, acusados de todos os males da nação. Ninguém deita a culpa à classe média independente. Talvez se pretenda que se extinga a dependência do Estado, e paulatinamente, privatizar quase tudo (se é assim, deviamos, em prol da honestidade, admiti-lo abertamente). Diminuia-se assim a despesa pública, mas melhoraria o nível de vida do seu povo? Não acredito. Como pagariam as pessoas as despesas da educação, saúde, justiça...? Nos tempos da ditadura do Estado Novo, quem conseguia aceder ou vislumbrar o garante da educação, da saúde, da justiça... de si e da sua família? Poucos, muito poucos.
O 25 de Abril devia ter sido o garante da liberdade em Portugal. Liberdade para crescermos, liberdade para pensarmos, liberdade para dizermos o que pensamos, de forma crítica, aberta e construtiva. É isto que temos?

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Laicismo nas escolas

A religião está em todo o lado. E tem o direito de estar... ou não?

Entre outras, a religião está na Defesa, na Saúde e, principalmente, na Educação. Está nos capelães militares, nas prisões, nos hospitais e nos professores (muitos deles padres!) das escolas públicas e privadas.

Está, mas não devia! A religião devia manter-se na hemisfera do privado, nos locais de culto e só sair à rua, para quem quisesse, nas festas e romarias e demais actividades constantes dos calendários religiosos.
Na escola pública, devia manter-se e proteger-se a laicidade do Estado. Quem quisesse aprender religião, devia fazê-lo através dos recursos humanos, físicos e financeiros das instituições que as promovem. Os cristãos dirigiam-se às igrejas, os muçulmanos às mesquitas, os judeus às sinagogas...

Separem-se as águas!

terça-feira, 14 de abril de 2009

Ensino da Música

Porto, 13 Abr (Lusa) - O primeiro-ministro, José Sócrates, afirmou hoje na inauguração do Conservatório de Música do Porto que o Governo está apostado em "democratizar" o ensino da música, alargando-o a "cada vez mais jovens".

http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/508509

Democratizar... o quê? A Música? O Ensino? O Ensino e a Música? Ah, o ensino da música! Pois!
O povo português, se calhar, percebe pouco de música, senão não dançava ao sabor de qualquer canto de sereia. Talvez fosse mais importante democratizar primeiro o Ensino, apetrechando-o com qualidade, rigor e exigência. Preparar os portugueses para ouvir, ler, ver e sentir criticamente. Preparar as pessoas para pensarem por si, decidirem em consciência, serem interventivos, inventivos e audazes. Preparar os portugueses para um Portugal de futuro. Aí sim, o ensino da música abarcaria mais alunos, abertos e sensíveis a novas realidades, artes e oficios. Os próprios alunos procurariam o ensino da música, pois já seriam diferentes do que são agora.

Abrir novas escolas ou melhorar as existentes é bom, mas temo que o seja somente para aqueles alunos que já são capazes de saborear a música. O aluno comum pouco se interessa pelo seu ensino, pela sua aprendizagem. O que não quer dizer que não gostem de ouvir música popular, pimba, pop, tecno... gostam de a ouvir mas não de a aprender! Gostam que lhes digam mas não de pensar! Gostam que lhes mostrem como fazer mas não de criar! Assim vai o aluno/povo português.

Ensinar música é importante, mas ensinar a pensar, a criar e a ousar ainda o é mais. A primeira depende da última.

E isto é música para os ouvidos de quem?

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Livros


Mark Lynas ("Seis Graus") apresenta um possível futuro da nossa civilização se o actual ritmo do aquecimento global persistir. Por muito surrealista que pareça, esta obra não é ficção científica nem sensacionalista.
Imperativo ler.

“Deus não é GRANDE: Como A Religião Envenena Tudo” de Christopher Hitchens. Trata-se de uma espécie de desmonte das religiões usando argumentos de Wilde, Mencken, etc. O tipo de argumento que os religiosos reclamam por seu extremismo, mas que é delicioso de se ler.

Parlamento Europeu defende maior reconhecimento social dos professores

Educação - 02-04-2009 - 13:58

Maiores níveis de reconhecimento social dos professores e sistemas de avaliação orientados não só para os resultados quantitativos e os desempenhos dos alunos, mas também para a avaliação do próprio sistema, tendo em conta o contexto socioeconómico específico de cada escola, são algumas das recomendações hoje feitas pelo Parlamento Europeu aos Estados-Membros no âmbito da educação. Os resultados positivos do ensino dependem, segundo o PE, do "respeito assegurado à autoridade dos professores".
Os professores são uma peça essencial para uma escola de qualidade e, como tal, devem ser-lhes oferecidos "níveis de reconhecimento social, estatutos e remunerações condizentes com a importância das suas funções", defende o Parlamento Europeu na resolução "Melhores escolas: Uma agenda para a cooperação europeia".

http://www.europarl.europa.eu/news/expert/infopress_page/038-53238-091-04-14-906-20090401IPR53237-01-04-2009-2009-false/default_pt.htm


Está confuso?

Também eu. Este emaranhado em que se está a transformar a carreira docente evolui a passos largos para uma enorme, pegajosa e perigosa teia de aranha, à vista de todos, como um mortífero icebergue, o qual todos contemplam, mas que ninguém presta "atenção", principalmente o capitão do navio.

Bem-hajam!

10 mandamentos da educação

* Alterado/adaptado de um artigo de uma professora do ensino secundário (jornal Sol)

1.ª – O ensino unificado (5.º ao 9.º ano) não serve. Deveriam existir, pelo menos, dois currículos (eventualmente três), um deles com uma maior componente técnica, currículos diferentes não só no que respeita ao número, natureza das disciplinas e carga horária das mesmas como aos respectivos programas.
2.ª –A ausência de reprovações não responsabiliza nem alunos, nem pais, nem professores e compromete negativamente toda a aprendizagem dos alunos com dificuldades, mas a reprovação por si só também não tem a desejada eficácia. Por isso, a partir do 5.º ano, as disciplinas deveriam ter os programas organizados por níveis de aprendizagem, progredindo o aluno em cada disciplina de ano para ano por níveis, não podendo aceder ao nível seguinte sem o domínio do que é essencial do nível anterior. Completada a alfabetização/literacia a 100% do povo português, já seria possível a progressão sem reprovações, mas com diplomas finais distintos.
3.ª – A abolição dos exames foi um erro. A existência de exames (provas de avaliação externa) com um peso de 50% é essencial para a responsabilização de todos os intervenientes no processo educativo, desde o 4.º ano de escolaridade e a todas as disciplinas (no 4.º, no 6.º, no 9.º no Ensino Básico; e em cada disciplina terminal no Ensino Secundário).
4.ª – Os currículos estão desajustados. É necessário que tenham um número equilibrado e ajustado de disciplinas, devendo desaparecer desde já as instrumentais como, por exemplo, «Área de Projecto» e «Estudo Acompanhado».
5.ª – Os programas são responsáveis, em parte, pelos problemas da falta de competência dos nossos alunos. Deveriam ser claros, com os conteúdos muito bem explicitados (nomeadamente quanto ao grau de aprofundamento) e os objectivos muito bem definidos, sendo referidos os graus mínimos de consecução em cada ano.
6.ª – A escala de classificação de níveis de 1 a 5 aplicada do 5.º ao 9.º ano é má, pois propicia o laxismo e não incentiva as realizações dos alunos. Na escala de 0 a 20, um aluno que tenha 10 valores esforça-se e vê o seu esforço recompensado, passando a sua nota, por exemplo, para 12 ou 13, mas, na escala de 1 a 5, o mesmo esforço num aluno que tenha obtido 3 não o faz mudar de nível (continua no 3), o que, naturalmente, o desmotiva.
7.ª – O número de alunos por turma é outro dos problemas: turmas de 24 a 28 alunos não são compatíveis com uma aprendizagem de qualidade no tempo presente. As turmas deveriam ter no máximo 20 alunos.
8.ª – O absentismo dos alunos e a indisciplina são factores que comprometem a sua aprendizagem. O recente estatuto do aluno não foi feliz nas soluções propostas. É fundamental a incidência da responsabilização nos alunos e nos pais/encarregados de educação.
9.ª – A formação contínua tem sido muito heterogénea. Também aqui deveria haver uma intervenção directa do Ministério da Educação no que respeita aos objectivos e conteúdos, bem como à organização e à qualidade.
10.ª – A avaliação de professores deve ser feita tendo como referência um perfil do bom professor (ou boas práticas) no quadro dos grandes objectivos do Sistema Educativo – definido pelo Ministério da Educação. A partir daqui, ao nível da escola/agrupamento, quando fosse detectado um professor com dificuldades ou em falta, criar ou usar os mecanismos necessários para a sua avaliação construtiva.

domingo, 12 de abril de 2009

Não ao bullying!

Não passa um dia de escola em que não ocorra um caso de bullying. Seja um empurrão, uma ofensa verbal, uma calúnia, chantagem emocional ou psicológica…, e mais grave, várias situações associadas. O que vemos nas notícias, são gotas no Oceano que nos rodeia. São casos relatados, noticiáveis, porque propiciadores de audiências ou, em casos mais nobres, propiciadores de despertares de consciências.O bullying nas escolas acontece todos os dias, com maior ou menor incidência, com maior ou menor gravidade. Nas escolas coabitam alunos, crianças ou jovens adultos, o que por si só já implica desavenças ou desentendimentos próprios do crescimento humano, enquanto ser social ou sociável. Apesar de próprias do desenvolvimento humano, o advento das desavenças e o seu controlo já são passíveis de serem controladas. Para isso existem leis que regem as sociedades, as suas normas e condutas individuais e colectivas. Sem tais leis, a vida em grupo tornar-se-ia insuportável. Cada um faria o que queria, e todos nós sabemos, ou deveríamos saber, que a nossa liberdade acaba onde começa a dos outros, ou seja, podemos fazer o que quisermos se não prejudicarmos os outros, enquanto entidades individuais ou colectivas.A Escola, o Estado e a Família, entre outros, devem incutir nos seus educandos ou cidadãos, o respeito pelos outros e por si mesmos. Tal é possível com acompanhamento, educação, aprendizagem, avanços e recuos, prémios e castigos. Mas um dos problemas é que muitos alunos deixaram de ter acompanhamento parental e Estatal de qualidade, e sentindo-se, para mais, libertos de castigos, prevaricam a seu bel-prazer. As consequências tornaram-se triviais e os comportamentos desviantes e a violência habitual. E todos assistimos de braços cruzados, à espera de quê?

Escola a tempo Inteiro?

Escolas abertas 12 horas por dia? Acho mal. Deviam estar abertas 24 horas por dia. Ou seja, nunca estarem fechadas. Os Pais e os Encarregados de Educação podiam entregar os seus educandos na pré-primária e irem buscá-los no fim da universidade, ou quando tivessem emprego, melhor dizendo. A sociedade, diga-se, os professores, psicólogos, educadores, auxiliares, etc., que cuidem dos nossos rebentos. Cá por mim, dedicava o meu tempo ao trabalho, ao futebol, às viagens, à leitura, ao ócio. As trabalheiras com a educação dos meus filhos terminariam - sim, pois educar custa: tenho que me zangar, dizer não, abraçá-los, aconchegá-los, rir, correr, cozinhar, limpar, etc. Enfim, tenho que ter tempo para eles. Quando pensei em ter filhos, já sabia que assim teria de ser. Se não, não os teria tido, ponto final. Nós, pais, achamos que já não temos tempo para eles, que temos que trabalhar, trabalhar, trabalhar. E a Escola é a solução para tudo. Os pais que não têm tempo para os seus filhos, devem organizar a sua vida, pessoal e profissional, para ganharem tempo com os seus educandos. Os filhos precisam dos pais com eles. Pais que os amem, ouçam, castiguem, orientem. Devem ser a sua referência. Não devem ser ausentes. Por isso (também!) temos indisciplina e revolta no olhar e na alma dos alunos. Caminhamos alegremente para os velhinhos e saudosos colégios internos, agora subsidiados pelo Estado?
Espero que não. A escola é primeiro que tudo um espaço de ensino/aprendizagem. Não deve ser um ATL. Se nós, pais, queremos deixar os nossos filhos em locais seguros, depois da Escola, devem ser o Estado ou as Câmaras Municipais (ou privados) a proporcionarem esses espaços e actividades. Misturar Escola com actividades de entretenimento não é aconselhável - de todo. Os alunos tenderão a confundir ainda mais Escola com lazer. E sabemos, ou devíamos saber, que Escola não rima com lazer.
Pais, tomem a atitude certa: Escola a tempo inteiro não!