segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Acerca das avaliações...

... dos alunos, que dos professores, vai que não vai, chove que não chove!
Pois bem, estamos em pleno período de avaliações dos petizes. É vê-los aos magotes, uns sôfregos, outros completamente descontraídos, a rondar a sala dos professores, ou a cercar um docente mais incauto que não teve tempo de se refugiar. É ver os pais ou encarregados de educação a fazer o mesmo. É engraçado como aparecem mais nesta altura do ano do que durante todo o período - só interessa a nota, o produto, relegando todo o processo de acompanhamento do seu educando, muitas vezes a nível de aproveitamento, mas também do comportamento e ainda da importantíssima afectividade.
"Tenho 3..., tenho 4,... tenho 2..., professora? Mas, realmente, agora muito a sério, ainda existem níveis negativos? Não porque os alunos estudam mais, ou aprendem mais, mas porque com tantos planos de acompanhamento, de recuperação, adequações/adaptações curriculares..., ou seja, depois de tanto descer a fasquia dos conhecimentos necessários a atingir no final dos períodos e do ano, como é que é possível ainda haver níveis negativos para dar? Esta é, certamente, uma espécie em vias de extinção.
Não seria melhor acabar com esta farsa e instituir o fim das reprovações? Ou seja, os alunos eram avaliados conforme o que fazem (e desfazem!), e transitavam de ano até concluírem a escolaridade obrigatória. A maioria dos alunos transitaria com muitas negativas, que ficariam registadas no seu currículo académico, ano a ano, e no diploma final, a receberem aquando da conclusão do ensino obrigatório. Com este método, poderíamos perceber quais os alunos que REALMENTE transitavam com níveis positivos ou meritórios (4 e 5/15 a 20), e receberem, merecidamente, a recompensa com um diploma de valor e excelência, que os distinguiria dos demais. E assim se fazia justiça, com tudo às claras, sem enganar ninguém. Sim, por que como estamos, andamos a enganar-nos uns aos outros, a trabalhar para a estatística.
Nota: os níveis dos alunos começam, no 1.º período, com muitas negativas, e lá para o estio, acabam quase todos com a maioria dos níveis positivos.
Talvez seja do aquecimento global...

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