terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Agora acerca da avaliação dos professores...

O Ministério da Educação só pode estar a brincar com a classe docente! Acordo de princípios? Quais princípios? É que só vejo um: poupar, poupar, poupar... à custa dos professores. Fala-se em valorizar a carreira docente. Assim, desta forma? Só pode lá estar tamanha intenção por gozo, ou para enganar a opinião pública. Se um professor vê a sua progressão estrangulada por vagas ou quotas, sentir-se-á valorizado ou incentivado? Não.
Um professor sente-se valorizado quando sente que o seu trabalho é recompensado através do reconhecimento social, da sua remuneração, dos níveis adequados de aprendizagem dos alunos, das condições de trabalho, da disciplina nas escolas, entre outras. Sente-se valorizado quando acompanha o percurso de vida de alguns dos seus alunos e os vê progredir na vida. Sente-se valorizado quando sente que contribuiu para o progresso do país. Mas ninguém trabalha para aquecer. Tamanha tarefa deve ser devidamente reconhecida e recompensada, para todos que a merecem. Com vagas, quotas ou contingentações, a maioria dos professores que merecem esta distinção não verão o seu trabalho reconhecido. Como poderão então sentir-se valorizados? É claro que vão sentir-se enxovalhados, menosprezados. E não é assim que vão conseguir motivar a classe docente.
Se não interessa motivar, o princípio disto tudo é poupar. Poupar à custa do mal-estar no ensino, à custa do progresso do país. Nada de bom se consegue se não se motivar, envolver, acarinhar e recompensar o trabalho docente.

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